08 dezembro 2010

GELEIRAS NA PATAGONIA E NO ALASCA ESTÃO DERRETENDO MAIS RÁPIDO QUE OUTRAS, DIZ ONU

Lilian Ferreira
Do UOL Ciência e Saúde
Em Cancun (México)

Geleiras na Patagonia e no Alasca estão perdendo massa mais rapidamente e por mais tempo do que em outras partes do mundo. Esta é a conclusão de um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado na COP-16, Conferência do Clima, que ocorre em Cancun, no México.

A Ásia também preocupa os especialistas pelas enchentes decorrentes do derretimento de geleiras. "Nos últimos 50 anos, as enchentes têm aumentado na China, Índia e Paquistão. A região também pode sofrer com seca, pela redução de água disponível na região", conta John Crump, coordenador de questões polares do Pnuma.

Segundo Crump, a neve do alto de montanhas está derretyendo há 150 anos, mas a partir de 1980 o processo se intensificou. No noroeste dos EUA e sudoeste do Canadá, no Ártico e nos Andes, o derretimento também está acelerado.

Poroutro lado, mais chuvas em determinadas regiões estão aumentando o gelo na Nova Zelândia, e partes da Terra do GFogo, na Argentina e Chile. Na Europa, as geleiras estavam crescendo até a década de 70, mas a partir dos anos 2000 o processo começou a reverter.

Por fim, eles avisam que algumas geleiras vão desaparecer até o final do século, enquanto outras ainda vão permanecer, mas com dimensões bem menores.

Fonte: notícias.uol.com.br/ultnot.