13 março 2008

ENQUANTO OS ALARMES SOAM - O CONSUMO MUNDIAL DE ENERGIA CRESCE

Com a revolução industrial do século XIX, a humanidade experimentou a substituição do trabalho braçal pelas máquinas e, conseqüentemente promoveu uma revolução energética, tendo o carvão como o principal recurso energético. No século XX o petróleo e o gás natural ganharam evidência e estão hoje no centro das disputas geopolíticas que envolvem os principais países e blocos econômicos. A matriz energética se diversificou com o desenvolvimento das fontes não fósseis de energia, como a hidráulica e a nuclear. No entanto, o consumo mundial de energia ainda está fortemente baseado nos combustíveis fósseis. Dados da Agência Internacional de Energia (2006) estimam a prevalência do uso de combustíveis fósseis, principalmente o petróleo, como fontes dominantes de energia nos próximos 20 anos. Segundo o EIA (2006), o consumo mundial de energia crescerá de 421 quatrilhões de Btu em 2003 para 563 quatrilhões de Btu em 2030. O maior crescimento será proveniente de países não membros da OCDE. Os países da Ásia demandarão energia a uma taxa de 3,7% ao ano até 2030 (incluindo Índia e China). Já a América do Sul e Central terão uma taxa projetada de 2,8% ao ano. A respeito deste crescimento esperado do consumo mundial de energia, Wolf (2006), destaca quatro aspectos. O primeiro deles é que alguns países ricos conseguiram conter o aumento do consumo de energia per capita, apesar do maior crescimento do PIB per capita.
O segundo aspecto aponta que alguns países desenvolvidos, por conta do volume físico de sua
produção industrial apresentam consumo de insumos energéticos relativamente maior do que outros. Os EUA, por exemplo, consomem o dobro da energia do Japão ou do Reino Unido. Esse maior consumo deve-se também à dimensão do país e ao clima mais rigoroso. Outra variável que explica esta diferença são os preços relativos dos insumos energéticos, provocando ineficiência energética do padrão de consumo destes países.
O terceiro aspecto, segundo Wolf (2006), deve-se ao fato que países em desenvolvimento com
crescimento rápido e, principalmente, países processo de rápida industrialização, tendem a apresentar um coeficiente maior de consumo energético por unidade de crescimento do PIB. Por exemplo, entre 1980 e 2002, o consumo de insumo energético per capita na Coréia do Sul cresceu 300%, ao passo que seu PIB per capita aumentou 270%.
Já o quarto aspecto (Wolf, 2006) supõe que caso nas próximas duas décadas e meia, China e Índia sigam trajetória desenvolvimentista semelhante à da Coréia do Sul, em 2030, os dois países, juntos, estarão consumindo pelo menos três vezes mais energia do que os EUA hoje.
Avalia-se assim que a demanda por energia é explosiva e não há indicador substantivo que possa
apontar mudanças no seu padrão de consumo, na medida em que ele reflete e espelha um padrão de industrialização intensivo em insumos energéticos. Isso leva a uma nova configuração geopolítica mundial devido à preocupação dos países com sua segurança energética. Nesse contexto, o problema da segurança energética é derivado do crescimento mundial liderado pelo eixo entre EUA, China e Índia. Isso vem se traduzindo em acordos bilaterais que regulam o acesso a fontes de recursos.
Fonte: http://www.informal.com.br/pls/portal/docs/PAGE/GESTAODOCONHECIMENTOINFORMALINFORMATICA/ARTIGOSGESTAODOCONHECIMENTO/ARTIGOSGC/GESTÃO%20DO%20CONHECIMENTO%20E%20MATRIZ%20ENERGÉTICA_0.PDF
Siglas utilizadas:
EIA - Estudo de Impacto Ambiental
OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Um comentário:

  1. Olá! estamos nessa também!! estou entrando no ramo de mudas para resflorestamento de espécies do cerrado e Eucalipto.
    havendo interesse, pode nos contactar pelo tel 061-33566725

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